terça-feira, 8 de março de 2016
A rosa morreu no vaso. Seca de tanto esperar. Não souberam diagnosticar se era de amor ou de opressão.
A rosa morreu de overdose de significados, atacada por uma infecção semiótica e com múltiplas interpretações pelo corpo.
Uma rosa nunca será apenas uma rosa.
E se eu te der uma hoje? Vai ser legal? Vai ser machista? Vai ser conservador ou progressista? Minha rosa é petralha ou coxinha? A rosa do PDT ou a rosa de Hiroshima? A rosa na ponta da baioneta ou na boca do Magal, do Sidney Magal?
O que vão dizer da minha rosa no Twitter?
Vou ser o herói romântico da Sessão da Tarde ou o Judas carcomido por um machismo hereditário?
A rosa que compram em dúzias pra fazer marketing de sabonete não é uma rosa. A rosa na mesa da secretária com um bilhetinho sacana também não é uma rosa. A rosa do farol quase nunca é uma rosa.
A rosa do Dia das Mulheres, confesso, não sei o que é.
Talvez eu tivesse que perguntar individualmente pra cada amiga, perguntar se, enfim, a rosa é bem-vinda ou ofensiva? Isso se o próprio gesto de entregar uma rosa já não for uma coisa meio troglodita.
Talvez a rosa fosse uma projeção, uma carta de intenções ou só uma delicadeza.
Mas delicadezas também estão cheias de subtexto
A rosa fica quietinha. Não pode me ajudar.
Fica a rosa subentendida.
A rosa tímida.
A rosa em crise.
A rosa que não se sabe bem-vinda.
A rosa que pega bem. Ou não.
A rosa que vou deixar pra outro dia.
A rosa morreu de overdose de significados, atacada por uma infecção semiótica e com múltiplas interpretações pelo corpo.
Uma rosa nunca será apenas uma rosa.
E se eu te der uma hoje? Vai ser legal? Vai ser machista? Vai ser conservador ou progressista? Minha rosa é petralha ou coxinha? A rosa do PDT ou a rosa de Hiroshima? A rosa na ponta da baioneta ou na boca do Magal, do Sidney Magal?
O que vão dizer da minha rosa no Twitter?
Vou ser o herói romântico da Sessão da Tarde ou o Judas carcomido por um machismo hereditário?
A rosa que compram em dúzias pra fazer marketing de sabonete não é uma rosa. A rosa na mesa da secretária com um bilhetinho sacana também não é uma rosa. A rosa do farol quase nunca é uma rosa.
A rosa do Dia das Mulheres, confesso, não sei o que é.
Talvez eu tivesse que perguntar individualmente pra cada amiga, perguntar se, enfim, a rosa é bem-vinda ou ofensiva? Isso se o próprio gesto de entregar uma rosa já não for uma coisa meio troglodita.
Talvez a rosa fosse uma projeção, uma carta de intenções ou só uma delicadeza.
Mas delicadezas também estão cheias de subtexto
A rosa fica quietinha. Não pode me ajudar.
Fica a rosa subentendida.
A rosa tímida.
A rosa em crise.
A rosa que não se sabe bem-vinda.
A rosa que pega bem. Ou não.
A rosa que vou deixar pra outro dia.
(Thinkstock)
Fonte: https://br.vida-estilo.yahoo.com/post/140686404495/o-dilema-da-rosa-no-dia-das-mulheres
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